A 3ª edição do “Pocando no ES” nos presenteou com uma experiência incrível: A visita a uma aldeia indígena, a Aldeia Piraquê-Açu, da tribo Guarani, em Aracruz. Conhecemos a aldeia temática, ouvimos histórias, almoçamos e assistimos a uma apresentação de canto e dança emocionantes!
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De acordo com o site da Prefeitura, Aracruz é o único município capixaba que possui índios aldeados no Espírito Santo. São duas etnias: Guarani e Tupinikim, distribuídas em 9 aldeias – 4 Guaranis e 5 Tupinikins.
As Aldeias Indígenas de Aracruz
Os Índios Guaranis vieram do sul do Brasil na década de 60 e mantêm até hoje suas características como: a língua, religião, artesanato e suas manifestações culturais. Já os Tupinikins, remanescentes do município de Aracruz, perderam algumas de suas características devido ao contato com o homem branco, porém mantiveram os grupos culturais como referência da sua cultura.
As aldeias indígenas aracruzenses são:
– Caeiras Velha
– Boa Esperança (Tekoá Porã)
– Irajá
– Comboios
– Pau Brasil
– Piraquê-Açu (Peixe Grande)
– Três Palmeiras (Boapy Pindo)
A Aldeia Piraquê-Açu está localizada na Rodovia ES-010, próxima a ponte de Santa Cruz e é a menor de todas em extensão territorial com 50,5 ha e também a menos povoada. Conta, em sua maioria, com famílias Kaiowá, da tribo Guarani.
Fiquei muito feliz com essa visita, pois nunca havia entrado numa aldeia antes – o máximo foi uma visita à Aldeia Indígena Boa Esperança, mas só conheci os artesanatos que ficam à beira da ES 010.
A visita à Aldeia Piraquê-Açu
Chegamos na aldeia pelo Rio Piraquê-Açu, pois estávamos retornando do passeio de escuna. Fomos direto pra aldeia temática – construída para servir de cenário de dois filmes e uma novela – “Como a Noite Apareceu” em 2009, com + de 100 índios no elenco – e o longa-metragem “O Eremita”, escrito e produzido por Roobertchay Domingues, pai do ator Chay Suede, que faz sua estreia como diretor de cinema.
Fomos muito bem recepcionados pelo Cacique Karaí-Peru (Pedro) e seu filho Karaí-Mirim (Rodrigo – que é Guia de Turismo, formado no Museu do Índio no RJ e também em SP). Inicialmente eu dei um giro pela aldeia temática (vejam o último vídeo!), pois fiquei impressionando com sua estrutura – demais, pessoal, parecia até que estávamos num filme de verdade! Depois da gravação dos filmes, ela foi mantida justamente para exploração do turismo na região e geração de renda para a tribo.
Todos ficamos maravilhados com a aldeia e os índios – muito simpáticos, receptivos, amantes da natureza e HUMANOS! Sinceramente, me deu tristeza em lembrar o que fizeram e ainda fazem com os índios no decorrer da história do nosso País… lamentável!
A história da tribo Piraquê-Açu
O Cacique Karaí-Peru nos contou um pouco sobre a história de sua tribo, expressou seu descontentamento com o progresso dos homens na degradação do meio ambiente e nos relatou algumas dificuldades básicas que eles precisam administrar (acredite: não há água encanada e nem banheiros na aldeia) enquanto o poder público não toma uma providência – normal quando se trata de Brasil, né?
Agora imaginem vocês: uma aldeia que a 5 meses está aberta à visitação e recebe grupos de escolas, não tem saneamento básico. Compreensível, não é, afinal são apenas 5 meses… e o pior de tudo é que ao expor uma situação como essa, fica naquele famoso jogo de empurra-empurra: A Prefeitura coloca a culpa no Governo do Estado, que por sua vez, devolve a culpa, ou então responsabiliza a União.
Bom, voltemos a falar de coisas boas: além do turismo, outra fonte de renda da aldeia é a fabricação de artesanatos como: chocalhos, cestas, pauzinho de cabelo, colares, dentre outros.
Depois de conhecer um pouco da aldeia, fomos servidos pelos índios com um delicioso almoço! Conhecemos o Inhambi, uma comida típica indígena – massa feita com trigo, caldo e frango. Tinha também feijão, arroz, macarrão e carne de panela – e tudo estava bom demais, viu? 😉
Finalizamos nossa visita assistindo a uma apresentação de canto e dança – o que emocionou a todos! Segundo o Cacique, a canção falava sobre o relacionamento dos índios com o sol, as matas e seu lamento com a degradação do meio ambiente.
Enfim, pessoal, recomendo essa visita a todos! Saímos de lá muito sensibilizados com o exemplo deixado pelos índios em relação ao amor cuidado que precisamos ter com a natureza que nos cerca – tema muito importante para ser transmitido às próximas gerações!
Visitação e Contato:
As visitas são feitas diariamente, sendo agendadas previamente com o Cacique Pedro.
WhatsApp.: 27 99606-2754
Como chegar:
Siga em direção ao norte, rumo a Aracruz pela ES-010. Após passar a ponte sobre o Rio Piraquê-Açu, já em Aracruz, vire na primeira entrada à esquerda.
Vai embora não! Fique e descubra um pouco mais sobre Aracruz!
Conheci a Praia da Balsa!
Visitei a Praia da Barra do Sahy!
Vocês Precisam Ir no Sesc de Praia Formosa!
IMPORTANTE: Ao visitar esse ponto turístico, que tal mantê-lo preservado, do jeito que está? Não joguem ou deixem lixo nos locais. Ajudem a preservar o patrimônio natural que pertence a todos nós. O Meio Ambiente e o Terra Capixaba agradecem!