Museu Solar Monjardim: 200 anos de história!

Compartilhe com seus amigos!

Você tem curiosidade em saber como viviam as famílias capixabas no Século XVIII, ou seja, cerca de 200 anos atrás? Sem dúvida, quem gosta de cultura e se amarra em visitar museus, não pode deixar de conhecer o Museu Solar Monjardim, localizado no bairro Jucutuquara, na cidade de Vitória!

Seja ASSINANTE do Terra Capixaba no Instagram por apenas R$4,99/mês e tenha vários benefícios, como conteúdos exclusivos, material para download, roteiros de viagens e descontos em apartamentos de temporada, hotéis e agências de viagens!

Localização do Museu Solar Monjardim

O Museu Solar Monjardim está localizado numa chácara bastante arborizada, nas terras que restaram da antiga Fazenda Jucutuquara. São mais de 20.000m² de área verde, com diversas mangueiras bem frondosas, que proporcionam uma boa sombra – desde a entrada, passando pela rampa e até o casarão.

Subindo a rampa, logo à direita estão localizados 3 tipos de canhões que foram usados na conquista de várias colônias na África, Ásia e nas Américas, entre os Séculos XVII e XIX.

São eles:

Caronada de Munhões: o primeiro a aparecer na foto abaixo era modelo padrão da marinha inglesa, projetada para ser uma peça de artilharia leve para uso em navios, fabricado por volta de 1782;

Canhão Padrão Armstrong: utilizado como canhão de caça em fragatas, tem origem inglesa e foi fabricado entre 1760 e 1820.

Canhão Tradição Fabril: de fabricação britânica, é um dos canhões de ferro mais antigos remanescentes no Brasil, sendo fabricado antes de 1660, no Século XVII.

A história do museu

O casarão colonial que abriga o museu teve sua construção iniciada em 1780 e no ano de 1816 passou a pertencer à família Monjardim – que utilizou o local até a década de 1940. Aliás, foi a primeira edificação a ser tombada como patrimônio nacional aqui no Espírito Santo.

O museu é administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, e conta com monitores que nos auxiliam na visita, passando orientações importantes, que tem como objetivo a preservação da arquitetura colonial e do estilo de vida da época.

Recomendações importantes antes de iniciar o tour

Sendo assim, antes de iniciar o tour pelo casarão, recebemos uma proteção para colocar nos pés, afim de proteger o piso, que é original da época. É proibido tocar nas peças de decoração ou sentar nas cadeiras, além de entrar nos cômodos, bloqueados por cordas – mas que não tiram a visão total do ambiente visitado. Fotos podem ser tiradas, mas sem o flash.

Recebemos a planta do casarão, com a identificação e resumo de cada cômodo. Dessa forma, não há a necessidade de um guia, porém, eles estão disponíveis para tirar dúvidas e contar sobre as curiosidades da época.

Começamos pela Sala de Visitas, onde se encontra uma mesa central, alguns quadros e diversos objetos de decoração. E uma curiosidade: no Século XIX era comum nessas casas, que a mobília fosse de fabricação nacional e as pratarias e louças, importadas da Europa.

Ainda na sala, logo à direita estão localizados 3 cômodos: 2 Quartos de Hóspedes e 1 Quarto de Banho. Naquela época era costume “dar pouso” aos viajantes. Algumas figuras de destaque da nossa história passaram por lá, como o Naturalista Francês Auguste de Saint-Hilaire, o Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o Padre Diogo Antônio Feijó.

Já no Quarto de Banho – o banheiro da época, provavelmente adaptado assim no Século XX, contém uma banheira, o vaso sanitário da época e urinóis.

Conhecendo o Escritório do Barão e a Sala de Jantar

Continuando a visita, chegamos no Escritório do Barão, um espaço voltado para a administração dos negócios e propriedades da família. Ali estão guardadas as condecorações concedidas pelo Imperador D. Pedro I ao Coronel José Francisco Monjardim, além de registros de negociações, armas e utensílios de uso pessoal.

Na Sala de Jantar era comum a presença de utensílios de copa e cozinha importados da Europa, demonstrando o status social do dono da casa. Na foto abaixo vocês podem ver uma cristaleira com peças de cristal lapidado e vidro moldado.

Anexa à Sala de Jantar está a Cozinha, que ocupa uma ampla área do casarão; ali estão diversos utensílios e ferramentas, já que boa parte dos alimentos consumidos eram produzidos na própria fazenda.

Visitamos o Quarto do Barão, um local bastante reservado na casa. A cama de casal presente neste cômodo pertencia à família Monjardim e foi doada ao museu. Percebe-se pelo tamanho da cama, como a baixa estatura era comum às pessoas da época.

A varanda e a capela

Em seguida, fomos para a Varanda, bem ampla e que tinha como função garantir uma boa ventilação e fácil acesso aos demais cômodos da casa. De lá temos uma visão ampla da área externa e até a rua. No final está localizada uma Capela, adaptada em 1842 em razão da vinda do Padre Diogo Feijó, que permaneceu nesta residência por cerca de 5 meses. Ali estão algumas imagens, bancos e anexo uma Sacristia, onde eram guardados os objetos litúrgicos e a indumentária do Padre.

Em seguida, logo depois de encerrar o tour na parte interna do museu, nos fundos podemos aproveitar um pouco da área verde do local. Aliás, na imagem abaixo, vemos a arquitetura externa do casarão, numa verdadeira viagem no tempo e na história do Brasil, não é?

Concluindo, tive uma experiência muito positiva na visita ao Museu Solar Monjardim e recomendo a todos que amam a cultura e gostam de conhecer um pouco mais da história do Brasil!

Horário de Funcionamento:

De Terça à Sexta, de 9hs às 12hs e 13:30hs às 16:30hs.
Sábados, Domingos e Feriados, de 13hs às 17hs.

A entrada é gratuita e o agendamento prévio só é necessário para grupos com mais de 10 visitantes.

Contato:

Tel.: 27 3322-4807

Como chegar:

Saindo de Vila Velha pela Terceira Ponte, siga em direção ao Centro pela Av Vitória. O bairro Jucutuquara está à direita, logo após IFES. Indo por Cariacica, passe pelo Centro de Vitória e após passar o Colégio Salesiano e um pouco mais à frente ao avistar a Fábrica de Idéias (à esquerda), faça o contorno para entrar no bairro. Siga em frente pela Av Paulino Muller até avistar o museu, que estará logo à sua direita.

Vai embora não! Fique e descubra um pouco mais sobre Vitória!

A História da Praça Oito de Setembro!
Basílica de Santo Antônio: Cartão Postal da Capital!
Conheci o Interior da Catedral Metropolitana de Vitória!
Visitei o Histórico Convento de São Francisco!
Vocês Já Visitaram o Palácio Anchieta?

IMPORTANTE: Ao visitar esse ponto turístico, que tal mantê-lo preservado, do jeito que está? Não joguem ou deixem lixo nos locais. Ajudem a preservar o patrimônio natural que pertence a todos nós. O Meio Ambiente e o Terra Capixaba agradecem!

Compartilhe com seus amigos!
Carlos Alberto Rocha
Carlos Alberto Rocha
Artigos: 358

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *